“Por menos que se conte a história
Não te esqueço, meu povo.
Se Palmares não vive mais
Faremos Palmares de novo”
Não te esqueço, meu povo.
Se Palmares não vive mais
Faremos Palmares de novo”
No dia 22 de agosto as ruas da capital do ES se encheram de brilho, força e luta com a II Marcha contra o genocídio do povo negro, onde nos levantamos contra o projeto genocida do Estado. Na mesta tarde, negras e negros marcavam as ruas e asfaltos de outros 17 estados e 15 países, espalhando por todo mundo rastros de força, resistência e luta do povo negro organizado. Aqui no ES, essas marcas eram de vida e resistência, na contramão das estatísticas oficiais do estado, o 2° que mais mata a juventude negra. Marcamos também quem viveu esse dia, povo forte que encheu de cor e vida as ruas que diariamente nos oprimem. Dissemos ao Estado racista e genocida que não aceitamos as condições que continuam a nos impor. Além disso, lembramos a esse mesmo Estado que estamos vivas e vivos, que carregamos laços de irmandade entre nós. Laços que nos alimentam e fortalecem nossa luta.
Mas, por que o povo negro foi às ruas? Fomos marchar contra o projeto genocida do Estado, que oprime diretamente e faz sofrer a nossa gente na ausência de políticas públicas efetivas na educação, na saúde, na cultura e na segurança pública. Cada passo em marcha mostrava a insatisfação com o Estado racista, machista e militar, a não presença da função do Estado ao nosso lado. As faixas carregavam a voz congelada; os punhos cerrados erguidos, a força de quem luta diariamente contra quem o oprime. O que se ouvia nas ruas era a música, o ritmo e a voz que resiste a repressão desde a chegada de nossos ancestrais ao Brasil.
Denunciamos as ações de extermínio da juventude negra tão presentes no cotidiano de nossos morros e favelas. Marchamos pelos nossos jovens mortos pela bala do fuzil ou ameaçados pela presença da força militar do Estado que instaura uma guerra injusta nas periferias. Gritamos contra a educação racista, machista, sexista e heteronormativa, que ensina nossas crianças a odiar a cor de sua pele e o seu cabelo, e a não se apropriar da nossa cultura. Acusamos o Estado de negligenciar nossa saúde, na não implantação de políticas que tratam das especificidades do nosso povo, além das mortes nas filas de espera por consultas ou do esquecimento das questões sociais e econômicas consideradas na promoção de saúde na política do SUS. Declaramos que esse Estado sentencia à morte as mulheres negras afirmando o machismo e o patriarcado, roubando delas o direito sobre seus corpos, conferindo a elas os cargos mais precários e os menores salários, quase sempre a principal renda da família; além de impor a essas mulheres também a total responsabilidade no cuidado da casa e das/os filhas/os.
Diante dessa realidade, da cultura escravista e racista que impossibilita o povo negro de se afirmar, levamos às ruas a possibilidade do povo negro demarcar sua voz na política. Somos mais quando estamos juntas/os, por isso precisamos estar também nos espaços de decisão política pra afirmar nossas pautas. Se somos maioria na população, não podemos ser apenas 8,5% no Congresso! O atual sistema político não nos representa, os homens brancos a serviço das grandes empresas multinacionais não farão avançar as políticas públicas de reparação do que foi tomado do nosso povo. Tomemos em nossas mãos o curso da história, levantemos nossa voz contra o projeto genocida e assim quebraremos as correntes da escravidão que teimam em apertar nossos corpos, corações e almas. Para mudar o sistema, constituinte já!
"Reaja ou será morta, reaja ou será morto!” o grito visceral que ecoou por ruas do Brasil no último dia 22 está gravado na memória do nosso povo. Lutar por um outro sistema político que garanta ao povo negro voz e que se baseie na vida e não na morte é reagir. Levante-se e Reaja!
Salve nossas lutadoras e lutadores e seus passos que seguimos! Salve Dandara, Zumbi, Negra Zeferina, João Candido, Luiza Mahin, Carlos Marighella, Edson Monteiro, Claudia Silva, Alaiton Ferreira. Salve nosso povo massacrado todo dia, que sangra nas mãos do Estado e permanece lutando.
Setor de negras e negros do Levante Popular da Juventude do Espírito Santo.
"Povo negro unido, povo negro forte
Que não teme a luta, que não teme a morte!"
Levante-se contra o genocídio do povo negro! Levante contra o racismo!
Mais fotos aqui
Meus caros,
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho de resistência!!!
Essa eleição será decidida na boca da urna, ou seja, pegando o eleitor indeciso no dia da votação. Por isso temos que mostrar para a população aquilo que a mídia esconde: o vício do Senador Carioca por farinha !!!
Façamos o seguinte...
Na madrugada da eleição devemos pegar alguns sacos de farinha, cal, ou qualquer pó branco e criarmos uma trilha, no meio da rua, de uns 50 metros, saindo do portão do local de votação.
Todas as ruas do entorno que levam ao local de votação devem ter essa "trilha da farinha" para conduzir o eleitor o cheirador carioca.
Fiquem tranquilos...não é crime espalhar farinha na rua!!!
Aí, quando os eleitores estiverem se encaminhando para o local de votação devemos dizer: Vai votar no "cheirador carioca"...é só seguir a trilha do pó!!!
Se não dermos este "tratamento de choque" no povão...eles elegerão esse engodo do PSDB.
Não há prazo suficiente para desfazer as mentiras da mídia e politizar o povão.
Esta trilha da farinha é simples, barata, criativa, fácil de fazer e chamará a atenção para um assunto que não será abordado, de forma alguma, nos programas ou debates da TV.
As pessoas terão que discutir essa "qualidade" do Aécio no dia da eleição.
A violencia urbana é um dos assuntos mais debatidos hoje em dia.
Chamar a população para discutir essa contradição entre: pedir mais segurança contra o tráfico e votar em um traficante....é f-u-n-d-a-m-e-n-t-a-l.
Se puderem colocar para tocar, em alguma casa próxima do local de votação "O Baile do Pó Royal" será muito importante também. Mas cuidado, carros com o som alto podem ser aprendidos, mas a música alta dentro de casa é totalmente permitido.
http://www.youtube.com/watch?v=Hcnyf9IgHuM
Vamos a luta...a hora é essa!!!
Melhor não publicar este comentário para que a ação seja uma surpresa