Diante de tudo isso, um importante questionamento passa despercebido pela maioria da população: de onde vem o dinheiro que banca todas essas milionárias campanhas? É evidente que a arrecadação dos partidos juntamente com as contribuições individuais de eleitores não são suficientes para bancar todos esses custos. Sabemos também que atualmente nenhum candidato, por melhores que sejam suas propostas, é eleito sem um bom investimento financeiro em sua campanha.
E quem paga a conta, então? Quem financia as campanhas eleitorais no Brasil são as grandes empresas. Mas isso não quer dizer que o setor empresarial é bondoso ou interessado em política. Esse tipo de financiamento pressupõe que os candidatos, depois de eleitos, devem legislar em favor de suas empresas financiadoras. Segundo estudo apresentado em 2013 pelo diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Oslain Santana, 50% das operações da Policia Federal contra a corrupção no País têm ligações com financiamento de campanha.
Os maiores financiadores de campanha do pais são os bancos privados Itau e Bradesco. Aqui no ES, a realidade não é muito diferente, mudam apenas os financiadores mais atuantes. em 2010, as empresas Vale, Camargo Correa, Rodosol, Arcelor-Mittal e Fibria foram as que mais injetaram recursos em campanhas eleitorais. Em relação as doações de pessoas físicas, destaca-se o atual governador Renato Casagrande, que investiu R$ 1.225.150,00 na campanha do senador Ricardo Ferraco.
No cenário capixaba merece destaque o caso da empresa Rodosol, envolvida em rumores sobre a cobrança do pedágio na Terceira Ponte. nas eleições de 2010, a Rodosol doou R$ 1.120.000,00 para o governador Casagrande e R$ 310 mil para seu concorrente, Luiz Paulo, o que garantiria privilégios a empresa qualquer que fosse o resultado das urnas. Esses valores justificam a manutenção da cobrança do pedágio na Terceira Ponte por tanto tempo, mesmo que os custos de construção da mesma já tenham sido quitados desde 2001.
Mesmo que a população tome conhecimento dessa intima relação entre empresas e políticos, nada de muito significativo para alterar essa situação pode ser feito, já que o atual sistema político favorece esses jogos de interesse. Precisamos mudar “as regras do jogo”, mudar o Sistema Político Brasileiro. E isso só será possível se a voz do povo for ouvida. Como não esperamos que esse Congresso “abra seus ouvidos” partimos para a ação, organizando um Plebiscito Popular que luta por uma Assembléia Constituinte, que será exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político do pais.
O melhor do Plebiscito Constituinte é que qualquer pessoa pode participar. Não precisa ter dinheiro, partido nem empresa! Basta ter muita vontade de construir um Brasil justo e com leis que atendam ao povo e não aos empresários. Participe do curso das mil, no próximo dia 26, às 8h na Universidade Federal do Espirito Santo. Procure o comitê mais próximo da sua casa ou trabalho e venha ser protagonista dessa grande mudança. Plebiscito Constituinte: eu tenho voz na política!
Comentários
Postar um comentário